Fundação Maria Droste
Há casas que se desequilibram por dentro quando o sistema falha por fora
Lar Maria Droste
Quando um jovem chega sem diagnóstico claro, sem
acompanhamento consistente, sem rede terapêutica, toda a estrutura de uma
Fundação como a Maria Droste é posta à prova.
Não é apenas o sofrimento de quem chega que exige resposta —
é o impacto em quem já cá está, nos técnicos, nas educadoras, nas outras jovens
que se revêm na dor alheia e a absorvem.
Uma casa de acolhimento não é um hospital, nem deve ser. Mas
muitas vezes acaba por funcionar como o último porto de abrigo para jovens que
precisavam de uma intervenção clínica regular, de um acompanhamento psicológico
intensivo, de uma continuidade no tratamento que raramente existe entre
instituições.
Quando a saúde mental não tem respostas adequadas, a casa
transforma-se num espaço de compensação. E a equipa multiplica-se, sem meios,
para estabilizar o que não devia ter de estabilizar sozinha.
Não é falta de empenho. É falta de estrutura.
As jovens precisam de um acompanhamento mais próximo, de
consultas garantidas, de terapeutas que as sigam sem interrupções.
Porque uma casa segura não basta. É preciso um sistema
inteiro a segurar com ela.
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