A pandemia mudou por completo as rotinas do mundo inteiro, criou novos modelos de trabalho, hábitos, valores. Mas, acima de tudo, mostrou às pessoas que a arma mais poderosa contra a crise é a solidariedade.

Vivemos tempos difíceis e é nos tempos mais difíceis que devemos revelar o melhor de nós. O Covid-19 é altamente contagioso, mas a solidariedade também tem de o ser. A distância que agora se impõe é meramente social, não é nem pode ser um distanciamento afetivo. A falta que nos faz poder sentir um abraço ou um beijo de alguém especial, pode e deve ser preenchida com atitudes de bondade e de amor ao próximo que nos confortem.

a arma mais poderosa contra a crise é a solidariedade

Vivemos com medo. Mas o amor é mais forte que o medo. O amor dos amigos, dos familiares que apoiam os mais aflitos, os mais vulneráveis. Multiplicam-se as razões para sermos mais solidários. Ajudar os outros pode ajudar-nos a nós próprios. Pode afastar o medo, descentrando a nossa atenção do problema que nos perturba e nos consome. E pode ainda melhorar a nossa saúde mental e provocar uma sensação de bem-estar, de felicidade. Pessoas que se comportam de modo altruísta, são naturalmente mais estimadas pelos outros, fortalecendo-se assim as suas redes sociais e a sensação de bem-estar individual e coletivo.

o amor é mais forte que o medo

Vivemos Tempos de angústia, incerteza, mas não podemos duvidar que não há mal (nem bem) que dure para sempre e que a vacinação está já em andamento e traz com ela esperança, a luzinha ao fundo do túnel que não devemos perder de vista e que a cada dia que passa estamos mais perto de alcançar. Mas não esqueçam que “viver não é esperar a tempestade passar… É aprender a dançar na chuva”(*). Sejam felizes. Sejam solidários.

*citação anónima atribuída por alguns a Vivian Greene

Por Manuel Pinto, Gestor Operacional da APPDA-Norte