Benchmark

2020

A Economia Social em plena pandemia

Nota Prévia

O que é que as Instituições de Solidariedade Social andam a fazer? No portal Diretório Sector 3, encontramos uma resposta cabal a esta pergunta, pois ela é dada, a todo o instante, pelas próprias Organizações Sociais.

Este levantamento é o resultado de um trabalho de prospeção realizado diariamente ao longo de um ano civil completo. Constitui uma fonte de informação fidedigna, assente no mapeamento da atividade desenvolvida por um digníssimo grupo de entidades da Economia Social.

Ao modelo de análise 2019, composto por 12 Classes de Intervenção, na presente edição 2020 acrescentamos uma classe especial, designada “Covid-19”, que compreende todas intervenções decorrentes do contexto de pandemia, diretamente imputáveis à condição de confinamento em que se encontram os seus promotores e beneficiários diretos. Em destaque, portanto, seus consequentes impactos na atividade regular destas Instituições.

Uma palavra de infinito reconhecimento a todas as Entidades-Membros do Diretório Sector 3, pela sua confiança nos nossos préstimos.

Pedro Aragão Morais

Método

Hoje, contando com perto de uma centena de Entidades aderentes, sediadas de norte a sul do país, a operarem nas mais diferentes áreas de atividade, sob várias formas jurídicas e distintas dimensões, o Diretório Sector 3 é uma plataforma suficientemente plural para que possa ser aceite como uma legítima amostra do Terceiro Sector.

Quis o destino que a este portal aderisse um leque de Entidades de notável qualidade, porventura acima da média, a julgar pela relevância do papel que desempenham em suas comunidades, tantas vezes premiado por proeminentes fundos de filantropia estratégica e de investimento social.

Dia-a-dia, acompanhamos o que se passa no terreno. Deste trabalho de permanente prospeção realizado ao longo de 2020, resulta a identificação de um total de 1084 intervenções protagonizadas por estas Entidades. No presente documento, segmentamos tais intervenções por classes características da atividade regular deste tipo de organizações. Depois, selecionamos aqui algumas delas, tidas como práticas de referência a merecerem ser examinadas e eventualmente replicadas.

Importa salientar que este levantamento, não obstante sua amplitude, de modo algum pode considerar-se exaustivo face ao todo sucedido no período em análise; e ainda que os casos de “boas práticas” não se esgotam nas intervenções aqui evidenciadas.

Classes de Intervenção

Produtos e Serviços Informação e Sensibilização Voluntariado
Novos Projectos Formação e Workshops Artes e Ofícios
Angariação de Fundos Cooperação e Parcerias Desporto
Negócio Social Oferta de Emprego Recreio e Lazer
Covid-19

Indicadores

Observações

Parte preponderante do esforço de comunicação das Entidades concentra-se em ações de Informação e Sensibilização (26,4%), tais como, seminários e congressos, colóquios e debates, assim como divulgação pública de estudos, artigos e notícias da sua especialidade.
A segunda classe de intervenção mais frequente diz respeito a atividades de Angariação de Fundos (17,8%) em sentido lato, nomeadamente, crowdfunding, campanhas solidárias de marcas comerciais, organização de eventos culturais, venda de produtos e serviços e outras.
A Formação e Workshops e a Oferta de Emprego que juntas representam 9,4% intervenções identificadas, refletem a relevância que os Recursos Humanos assumem para o desenvolvimento de um sector dito de “mão-de-obra intensiva”.
A proporção das classes Negócio Social (2,7%) e Novos Projetos (3,0%) deve ser considerada mais significativa do que à primeira vista possa parecer, na medida em que a presente análise diz respeito a um período de apenas 1 ano de atividade.
A modesta proporção de ações de Voluntariado (2,1%) identificadas, é consentânea com os diagnósticos sobre o sector que apontam o voluntariado como sendo uma das áreas a necessitar de maior desenvolvimento em Portugal.

Impactos Covid-19

16,4% da totalidade das intervenções mapeadas correspondem a iniciativas exclusivamente relacionadas com a pandemia, como por exemplo, planos de contingência, suporte à realização de atividades sem sair de casa, cedência de matérias de proteção individual, reforço da teleassistência, ações de sensibilização e palestas sobre a problemática da pandemia, acompanhamento psicológico, entre outras.

Comparando os indicadores 2020 com os obtidos na edição 2019 deste mesmo estudo, resultam evidentes as repercussões do confinamento na atividade regular das organizações sociais:

Recreio e Lazer
-69%
Oferta de Emprego
-45%
Desporto
-38%
Formação e Workshops
-32%
Voluntariado
-30%
Artes e Ofícios
-22%
Novos Projectos
+39%

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